segunda-feira, 30 de junho de 2014

O Tal Cara


Eu queria ser a sua praga nova...
O seu “fantasma”
Seu “encosto”.
De quem você vai reclamar com as amigas.
Aquele que você vai chamar de “falecido” pro mundo
Mas que por dentro
Viverá um eterno luto.


Eu queria ser o seu novo carma...
Aquele que vai te deixar com o coração na boca só de ver um carro parecido.
Quem você vai apagar o telefone sem nunca esquecer o número
E vai chamar todas as amigas de “piranhas” e os amigos de imbecis.
Mas que vai ser capaz de “acabar” com a sua “festa”
Pelo simples fato de também estar presente nela.


Eu queria ser seu novo problema...
A pedra no seu sapato.
Aquele que só de ver foto já te corta o coração.
Que você acha insuportável
“Nada a ver”
“Deus me livre”
“Mais que superado”
Mas que pensa todas as noites antes de dormir.


Eu queria ser a sua nova decepção.
Aquele que você quer distância.
Não quer ver “nem pintado a ouro”.
Mas que também é a blusa que você nunca devolveu.
O choro preso.
A caixa fechada de lembranças.
Que você morre de medo de abrir.


Porque eu só queria mesmo era ser o tal cara.
Aquele que te faz tremer
Mesmo sem estar por perto.
O que você pensa todos os dias
Mesmo sem lembrar que você existe.
Que mexe com você
Mesmo sendo indiferente.
Que consegue ter o seu melhor
Mesmo sem dar nada em troca.
E para quem você guarda uma porção dos seus melhores sorrisos
Mesmo sendo incapaz de te fazer sorrir...

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