segunda-feira, 30 de agosto de 2010

R.I.P Música Brasileira

Tempos que não escrevo assim, estava com saudade...
Não sei ao certo porque não tenho escrito esse tipo de texto, pode ser preguiça, falta de assuntos pertinentes ou até mesmo falta de palavras... Vai saber...
Mas aí, resolvi dessa vez tirar essa preguiça por um assunto que acho de súmula importância: A morte da música.
Sim, quem me conhece sabe que tenho uma tendência ao exagero e a dramaticidade, porém... Dessa vez a situação é mesmo preta (sem preconceito).
Quero deixar bem claro que quando digo música, eu não digo o que está sendo feito por compositores desconhecidos, estúdios pequenos, circuitos alternativos ou até mesmo a velha e boa Banda de Garagem, mas sim o que a grande mídia, os grandes meios de comunicação que influenciam diretamente a opinião das pessoas.
Baseado nas teorias de Agendamento Setting (viu mãe, aprendi algo na faculdade) a mídia é totalmente influenciadora da opinião popular, destacando demais alguns assuntos e ofuscando outros... E infelizmente essa escolha também acontece na música.
Um grande exemplo disso tudo que estou falando foi o Prêmio Multishow de Música Brasileira, em que vimos uma explosão de músicos feitos em série seguindo outro aspecto da Indústria Cultural (to te enchendo de orgulho né mãe) e piorando a situação. Ouvi e li boatos que após o Prêmio Multishow um dos diretores do evento até pediu demissão com vergonha da merda que foi, mas nem sei se isso realmente procede.
Enrolações a parte, o caminho que a música está indo que tem me preocupado, pois se pensarmos quem está tendo acesso a mídia, quem está tendo sucesso, são grupos, cantores e agora duplas feitas em série, sem nenhum distinção entre elas ou diferencial que justifique tal sucesso, apenas uma música feita na cartilha, uma divulgação e pronto... Nasce uma nova estrela.
Não é possível que só eu continue achando ridículo nomes sertanejos como João Bosco e Cecília, ou o cabelo e o estilo emo de bandas como Restart e NxZero, não é possível que bandas desse tipo façam mega eventos com recordes de bilheterias e ajudam a criar uma nova tendência da música.
O público que se deixa influenciar tem sim a sua parcela de culpa, porém programas como Ídolos, Fama entre outros também são culpados por procurarem alguém que tenha uma boa imagem (ou apelação em cima dela), uma boa voz e ponto... Talento? Talento a gente inventa.
Será que os jurados são realmente capazes de julgar o talento de alguém? Será que em programas como esse Roberto Carlos, Elis Regina, Chico Buarque, Legião Urbana ganhariam? Ou estariam destinados ao fracasso? Vai saber né
O que muito me preocupa é que apesar da merda sempre ter existidos, dessa vez está pior pois, sempre tivemos Pagode, Funk e Axé, e sim... Elas são importantes, pois mantém um equilíbrio da música, faz ela ter vários níveis e momentos para serem apreciadas, eu mesmo que tanto acho uma merda em determinados momentos sou favoráveis a esses ritmos, porém o que me preocupa é a ascendência que duplas sertanejas como Vitor e Leo, cantores como Luan Santana , bandas como Restart e grupos de forró estão tendo na mídia e assim criando novas tendências e reduzindo espaços para bandas que possam surgir... Preocupa-me muitos quantas bandas como Los Hermanos, por exemplo, estamos deixando de conhecer devido a um Fiuk da vida.
Acho que tínhamos que rever bastante o conceito de música e programas como Ídolos no qual escolhem artistas e decidem por nós quem serão nossos “ídolos”. Cadê nosso poder de escolha, cadê nossa possibilidade de ter opções? Isso tinha que estar na constituição!
Vamos repensar nisso tudo porque não quero ligar o rádio daqui a uns 15 anos e escutar “Meteoro” sendo tratado como um clássico. Será demais pra mim...

Um comentário:

Unknown disse...

É assim que a gente vê que tá ficando velho, quando as unicas coisas que prestão são o classicos de muitos anos atrás e as musicas ainda mais aintigas, kkkk ééééé vc tá ficando velho tbm.

Ai vai uma dúvida! os classicos antigos eram musicas boas ou é pq era da nossa geração de muleke e ponto?

Ainda bem que eu sou da época da ultimas bandas que prestaram.