terça-feira, 25 de agosto de 2015

Deixar Ir

E por mais que doa por inúmeros motivos
Certas coisas temos que deixar ir.

Deixar ir é evoluir
É cortar excessos.
É respeitar e entender que tudo tem seu tempo
Fazem parte de um ciclo
Precisam evoluir
Não podem ficar nos mesmos lugares para sempre.

Deixar ir é sinal de maturidade.
É evolução.
É tirar o peso dos fatos.
Deixar de carregar o fardo da obrigação.
É cortar elos que existem simplesmente por existir.
É libertar
E ser liberto.

Deixar ir é crescer.
É perceber que o tempo passa
Que o mundo não gira ao nosso redor
Que tudo tem sua missão própria
E que os pronomes possessivos são apenas rótulos.
O que um dia foi nosso
Com a mesma facilidade
Também tem que deixar de ser.

Deixar ir é aceitar que o infinito não existe
É se abrir
Descobrir coisas novas
Mudar de página
Repetir pra vida o clichê
Que "é pra frente que se anda".
E que é possível ser feliz sozinho.

Deixar ir é exercício de aceitação
É lidar com o ego
Aprender sobre perdas
Erros e acertos.
É crescer e entender 
Que não se pode abraçar o mundo com a mão.
Não da pra ter tudo.

Deixar ir é aceitar o que não da certo
É não ter que inventar interesses
Ou motivos para sentir falta.
É não procurar apenas quando precisa.
É não tratar ninguém como propriedade
É não prender sem motivos
Enxergar que não vai dar certo.
É se convencer
Que certas coisas são assim e pronto.

Deixar ir é altruísmo
Se livrar do pensamento egoísta
É agradecer pelo tempo que se teve
É aceitar que daqui em diante
Cada qual tem que partir sozinho.

Deixar ir também é ganhar.
É viver em paz.
É zerar tudo
É recomeçar
Olhar cada descoberta como uma nova possibilidade
É perceber como uma dádiva
O fato de poder ser o que quiser novamente.


Porque deixar ir não é escolha
É obrigação.

O fim
O fechamento de um ciclo
Uma oportunidade de tirar a prova real:

A única maneira do mundo de ter certeza
Que o que volta
É o que realmente tem que ser...

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